Por: Fernanda Turino, Instituto Ciência Hoje/RJ
Publicado em 05/10/2011 | Atualizado em 05/10/2011
No desenho do Zé Colmeia, esse patrulheiro da floresta passa o tempo todo tentando devolver aos visitantes as cestas roubadas pelo simpático urso. Na vida real, o guarda ambiental – também conhecido como policial ambiental ou guarda florestal – tem muito mais a fazer. Esse profissional é quem fiscaliza as áreas verdes e outros ambientes naturais que são patrimônio de todos. Zelar pela conservação das plantas, evitando, por exemplo, as queimadas ou a derrubada de árvores, assim como proteger os animais silvestres de maus tratos, reprimir a caça e a pesca ilegais, impedir construções em área de preservação e até o despejo de esgoto sem tratamento na natureza são tarefas que lhe cabem.
O trabalho feito pela Polícia Ambiental, além de muito interessante, é essencial para a preservação das nossa fauna e flora. E o caminho para quem quer atuar na área é entrar para a Polícia Militar e se especializar, dentro da academia de polícia, na fiscalização do meio ambiente. Mas, de acordo com o capitão da Polícia Militar Patricio Bernabé Fiorim, do Batalhão de Polícia Militar Ambiental do Espírito Santo, o mais importante para se tornar um profissional da área é o amor à natureza e a vontade de preservá-la:
“O maior motivo que me levou a ser um Policial Ambiental e que me faz permanecer como tal é o fato de poder ajudar a manter o meio ambiente equilibrado para que as pessoas que hoje vivem e as gerações futuras não sofram com a escassez dos recursos naturais e possam se maravilhar com as belezas naturais”, conta ele.
A rotina desse profissional, que muito gente apelida de fiscal da natureza, não é nada fácil. É ele quem recebe as denúncias de desrespeito à fauna e flora feitas pela população e apura se são verdadeiras ou não. Como? Indo até o local onde o problema supostamente ocorreu para entender a situação e tomar as providências cabíveis em cada caso. Para isso, claro, ele precisa dominar as leis ambientais do país.
Os policias ambientais trabalham em turnos, vigiando a natureza dia e noite. Afinal de contas, nunca se sabe quando é que algum caçador, pescador ou extrator de madeira vai aparecer para desrespeitar a lei, por exemplo.
O capitão Fiorim destaca que, apesar de cansativa, a profissão é muito gratificante: “Após 12 anos na unidade ambiental, percebo o aumento do número de animais que estavam desaparecendo das nossas paisagens, como o canário da terra, o sagui, a capivara e o jacaré”.
E aí? Gostou? Enquanto você pensa se um dia vai querer unir o amor que tem pela natureza, ao conhecimento de leis e às atividades da polícia, aproveite para fazer muitos piqueniques apreciando as belezas naturais do nosso país. Mas cuidado com o Zé Colmeia!
Fonte: Revista Ciência Hoje das Crianças
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