terça-feira, 31 de agosto de 2010

Gincana 2010






Valeu pelo esforço, pelos momentos de cansaço por todas as alegrias e até pelos momentos de atrito que nos ajudam a crescer.

Parabéns !!!!!!!!!!!!!!!!!!!! E que venha 2011!!!!!!!!!!!!!!!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

O mundo quer a paz entre palestinos e judeus

Sexta-feira, 20 de novembro de 2009 às 14:26

Extraído do endereço: www.blog.planalto.gov.br

Uma das mais fortes características culturais do Brasil é a mistura, a miscigenação do povo. Historicamente gente dos quatro cantos do mundo convive bem aqui no País. Agora, aproveitando essa qualidade, o Brasil vai ajudar a construir pontes entre os povos do Oriente Médio, derrubando os muros existentes.

Em declaração conjunta nesta sexta-feira (20/11) após encontro com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, no Museu da Misericórdia, em Salvador, Lula defendeu que a paz entre palestinos e israelenses depende da criação de um Estado Palestino forte e sem restrições. Ele está certo de que o entendimento não virá com exclusão e isolamento, como acontece hoje, e afirmou que o Brasil sempre estará ao lado de quem quer dialogar em busca de soluções.

Para Lula, a paz no Oriente Médio interessa a todos, e é uma minoria radical, baseada em dogmas seculares, quem fomenta os desentendimentos entre os povos do Oriente Médio. Não é preciso encontrar soluções mágicas para resolver o conflito. Segundo o presidente brasileiro, o caminho já é conhecido: contra o radicalismo é preciso investir no desenvolvimento da região. Lula lembrou que o Brasil sempre apostou nisso e tem feito esforços para investir mais na região e levar outros países a fazerem o mesmo, lembrando a Cúpula da Cúpula América do Sul-Países Árabes (ASPA), criada em 2005.

Lula reafirmou que o governo brasileiro defende a interrupção imediata de qualquer novo assentamento por parte de Israel no território palestino. Sobre o tema, o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, explicou que há uma série de resoluções da ONU que rege essa questão, mas lamentou o desrespeito por parte de Israel. Abbas tratou também para que a facção Hamas assine o acordo proposto pelo Egito.

O presidente Lula também destacou o simbolismo da recepção de Mahmoud Abbas, defensor dos direitos palestinos, acontecer no Dia Nacional da Consciência Negra, que também celebra a tolerância. Lembrou que a relação entre árabes e brasileiros é de longa data, sustentada por vínculos humanos, traços afetivos de cooperação e amizade. Durante o encontro foi assinado acordo de cooperação técnica entre Brasil e Palestina.

Avaliação do Governo

O problema da Palestina não é um problema que só interessa a palestinos e israelenses, é um problema que tem hoje altíssimo potencial desestabilizador do ponto de vista global. Ele incide sobre uma série de situações em várias partes do mundo, que não estariam com a gravidade e a tensão que estão hoje se esse problema aqui estivesse resolvido. Será que os problemas de nascimento do fundamentalismo, de ameaça terrorista em outras partes do mundo, existiriam se a questão palestina estivesse resolvida há mais tempo? Não estou dizendo com isso que esses problemas vão desaparecer simplesmente a partir do momento que houver um acordo de paz, mas sem dúvida nenhuma estaríamos suprimindo um fator de desestabilização. Essa é a questão fundamental. É por isso que o Brasil está metido nisso, porque o Brasil tem uma política externa universalista, então qualquer questão que desestabilize a ordem global nos interessa.

Marco Aurélio Garcia – Assessor Especial da Presidência

Mídia e Brasil no conflito Israel-Palestina

Extraído do Site: LABJOR (Unicamp)
20 de fevereiro de 2009.

A partir do final de dezembro do ano passado Israel intensificou os ataques aos palestinos da Faixa de Gaza, em resposta aos lançamentos de foguetes do Hamas à região. Diante da dimensão do conflito pesquisadores pensam em como a mídia deveria atuar nesse conflito e qual papel o Brasil pode exercer. A mídia é avaliada por eles como peça-chave na solução do conflito entre árabes e palestinos.
“O acesso à informação, seu tratamento, sua interpretação e sua democratização precisam ser mediados pela nação, para, respeitando todas as outras nações, construir um projeto de sociedade e território que seja o resultado das aflições de cada qual. De qualquer forma, as informações veiculadas pelo circuito hegemônico da mídia não são as únicas, há os veículos alternativos para isso”, avalia Márcio Antonio Cataia, geógrafo da área de geografia política e regional da Unicamp.
Nos últimos anos, têm sido observadas na mídia tentativas de posicionamentos de equilíbrio durante o conflito, o que demonstra preocupação não só em noticiar o conflito, mas em tentar entendê-lo em suas múltiplas dimensões. “Essa nova disposição mostra um esforço para fortalecer os meios de comunicação, como contraposição a ser refém da compra de informação das grandes agências internacionais de notícias”, destaca Cristina Soreanu Pecequilo, especialista de relações internacionais da Universidade Estadual Paulista (Unesp).
Tais medidas são observadas pelo envio, por exemplo, de correspondentes ao conflito. Contudo, na análise da pesquisadora, seria importante que esta tendência se aprofundasse, abrindo ainda mais espaço para que as análises, explicações e reflexões fossem apresentadas com um olhar brasileiro. Para ela, a divulgação científica através das universidades, revistas especializadas e do advento da internet têm sido importantes para isso, pois, propiciam um maior espaço para discussões e reflexões.

Papel do Brasil

O perfil histórico e diplomático brasileiro, além da suas relações positivas com as nações do Oriente Médio, proporcionou um convite do governo Bush, em Annapolis 2007, para participar como observador das negociações que lá ocorreram. Para Cataia, os países latino-americanos, como o Brasil, apresentam experiências em lutas emancipatórias que podem ajudar na construção de uma coexistência pacífica entre ambas as partes. No entanto, a participação brasileira nesse contexto não pode entrar no mérito de construir modelos a serem aplicados em outras realidades socioterritoriais. Buscar “novas formas alternativas de uso político do território, tendo assim legitimidade para pressionar ambas as partes do conflito, ou seja, aquilo que podemos solicitar do outro é aquilo com o qual lidamos em nosso território”, analisa o geógrafo da Unicamp.

Obama na mídia árabe

Recentemente, o presidente eleito Barack Obama concedeu uma entrevista para a TV árabe Al Arabiya. Nela, afirma que os EUA cometeram diversos equívocos no Oriente Médio, e que, dado os atuais conflitos entre Israel e Palestina, torna-se propícia uma maior aproximação diplomática com o mundo árabe. "Os Estados Unidos estão comprometidos com a criação de dois Estados onde palestinos e israelenses poderão conviver juntos", garantiu o presidente estadunidense durante coletiva de imprensa.
Para Cristina Pecequilo, a mudança de Bush a Obama, que todos esperam, é que os EUA voltem a ter uma posição mais equilibrada entre Israel e os moderados palestinos do Fatah e que o processo de negociação possa ser retomado, o que, de imediato, enfraquece os radicais. Nessa perspectiva, seria necessária uma posição de mediação real e a opção por soluções políticas em detrimento das militares.
O diálogo político pressupõe a existência de certo equilíbrio de forças de coerção e coexistência em ambos os lados de envolvimento dos órgãos mundiais - ONU e organizações de direitos civis, por exemplo. Alguns acreditam que o processo de paz só poderá ser obtido com a superação das diferenças, muitas vezes políticas, das tensões que geram os conflitos.

sábado, 7 de agosto de 2010

Recomeçar




Mais Drummond!

Kalvin


Com uma sutileza ímpar o Kalvin nos convida a refletir acerca do quanto temos perdido em temros de expericências, em nome da comodidade contemporânea.

Salário - DRUMMOND

Ó que lance extraordinário:
aumentou o meu salário
e o custo de vida, vário,
muito acima do ordinário,
por milagre monetário
deu um salto planetário.
Não entendo o noticiário.
Sou um simples operário,
escravo de ponto e horário,
sou caxias voluntário
de rendimento precário,
nível de vida sumário,
para não dizer primário,
e cerzido vestuário.
Não sou nada perdulário,
muito menos salafrário,
é limpo meu prontuário,
jamais avancei no Erário,
não festejo aniversário
e em meu sufoco diário
de emudecido canário,
navegante solitário,
sob o peso tributário,
me falta vocabulário
para um triste comentário.
Mas que lance extraordinário:
com o aumento de salário,
aumentou o meu calvário!

A Hora da Poesia (Vídeo)




E agora josé?

A Hora da Poesia

José

E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, Você?
Você que é sem nome,
que zomba dos outros,
Você que faz versos,
que ama, proptesta?
e agora, José?

Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?

E agora, José?
sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio, - e agora?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?

Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse,
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você consasse,
se você morresse....
Mas você não morre,
você é duro, José!

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja do galope,
você marcha, José!
José, para onde?

Indicação de Leitura



Para a Criança que todo adulto foi um dia...

De Olho nas Eleições!

Plínio de Arruda é o mais mencionado por especialistas como vencedor do debate.

A Folha realizou ontem uma enquete com 29 cientistas políticos a respeito do debate realizado na quinta-feira pela TV Bandeirantes. Para 13 deles, houve empate.

Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), candidato com desempenho mais elogiado entre os que apontaram um vencedor, foi apontado por sete especialistas como o melhor no debate. Em segundo lugar ficou José Serra (PSDB), com cinco menções.

Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV) tiveram duas menções cada.

A enquete foi feita com participantes do 7º Encontro da ABCP (Associação Brasileira de Ciência Política), realizado de 4 a 7 de agosto, em Recife (PE).

Quase todos os entrevistados afirmaram que o debate foi pouco produtivo. Os que apontaram empate em geral disseram que a situação é ruim para Serra.

Para Fernando Abrucio, da FGV, o fato de Plínio ter se destacado reflete o baixo nível do debate eleitoral e favorece Dilma tanto quanto um empate.

"O confronto que as pessoas queriam não aconteceu. A campanha está muito despolitizada, e o debate foi nessa linha. Quando o destaque é um candidato que não tem chances reais de ganhar, como o Plínio, o prejudicado é quem corre atrás."

Segundo Abrucio, a baixa politização da disputa tem a ver com as regras eleitorais, que deixam um espaço curto para as campanhas e são muito restritivas.

Para Fabiano Santos, presidente da ABPC e professor da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), o "empate morno" era um resultado esperado.

"Expectativas de um confronto explosivo não poderiam ser alcançadas por causa do perfil dos principais candidatos, muito técnicos e pouco polemistas, e pelo atual estágio da disputa, com a Dilma na frente e o Serra atrás, sem poder atacar a adversária."

Ainda segundo Santos, a ausência de "surpresas" no debate revela um amadurecimento do processo político no Brasil. "Há menos possibilidade de uma eleição conquistada por um discurso meramente sedutor."

Para Maria Rita Loureiro, da USP, o grande problema do debate foram as regras.

"É um absurdo o que fizeram. Esse formato está desmontando a ideia de debate público. Nesse pouco tempo, ninguém consegue dizer nada mais do que obviedades. E a emissora ainda por cima cortava as frases no meio."

Texto Retirado do Folha Online em 07/08/2010.
Autor: UIRÁ MACHADO

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Desastres ambientais agravam crise de água na China

A sucessão de acidentes ambientais nas águas da China está agravando o problema de abastecimento no país, que sustenta 20% da população mundial com apenas 7% dos recursos hídricos disponíveis no planeta.

Com estes dados, segundo as Nações Unidas, cada cidadão chinês dispõe de 2.138 metros cúbicos de água por ano, quatro vezes menos que a média dos países desenvolvidos.

Por sua distribuição geográfica e os diferentes climas no país, a distribuição interna de água na China também não é equilibrada, com um norte árido e frequentemente semidesértico e um sul tropical e sujeito a chuvas de monção.

O gigante asiático vive suas piores enchentes em 12 anos, que já deixaram mais de 1.500 mortos e desaparecidos no país, mas não pode garantir a provisão de água em todo seu território.

O governo chinês se mostra incapaz de ordenar seu mapa hidrográfico e realiza obras faraônicas, como a represa das Três Gargantas, no rio Yang-Tsé, ou o futuro Eixo de Desvio de Águas Sul-Norte, previsto para 2014, e vê uma proliferação, sem remédio, dos acidentes.

Nas últimas semanas, marés negras chegaram ao litoral, além de pragas de algas, que cobriram milhares de quilômetros quadrados e mataram toneladas de peixes, entre outros fatos.

A China é um dos países mais poluídos do mundo, devido em grande parte à acelerada industrialização vivida no país, cuja riqueza foi construída com uma exploração dos recursos com pouco controle e supervisão.

DOBRO

As últimas estatísticas oficiais apontam que os acidentes ambientais duplicaram em relação ao ano passado, com 102 incidentes apenas nos seis primeiros meses de 2010.

O Ministério de Proteção Ambiental chinês apresentou na semana passada os negativos resultados de um estudo oficial realizado este ano em milhares de amostras de águas da superfície do país.

Segundo a avaliação oficial, apenas 49,7% das águas estão aptas para o consumo e 26,4% são destinados à indústria, por não serem adequadas.

De fato, mais de 100 das 600 maiores cidades da China sofrem cortes regulares e outras 400 vivem problemas temporários de abastecimento dependendo da temporada.

A indústria pesada e a atividade agrícola, que abusa de pesticidas e adubos industriais, são as principais causas da deterioração da água, além das pobres medidas de aproveitamento, já que apenas 38% da água é tratada para poder ser reutilizada.

O Greenpeace estima que cerca de 100 milhões de chineses --um em cada 14-- realiza suas atividades cotidianas, como cozinhar, beber, tomar banho, com águas poluídas que afetam diretamente sua saúde.

Por sua vez, a Organização Mundial da Saúde (OMS) cifrou em 100 mil as mortes anuais que a China sofre por doenças diretamente ligadas à poluição da água.

Em 2007, o governo chinês assumiu que foram lançadas 30,3 milhões de toneladas métricas de resíduos nas águas do país, que deixaram 70% dos rios, lagos e reservas "gravemente contaminados", incluindo fontes importantes como os rios Yang-Tsé e Amarelo, além de lagos como o Taihu e o Chaohu, terceiro e quinto de maior capacidade, respectivamente.

"A crise ambiental, particularmente para a água, está chegando à China antes do esperado", reconheceu Pan Yue, vice-ministro de Proteção Ambiental.

O Banco Mundial (BM) elaborou um relatório no qual considerava que a poluição do ar e das águas na China são problemas com "consequências catastróficas para gerações futuras", que custam mais de US$ 100 bilhões anualmente, superiores a 5% de seu Produtor Interno Bruto (PIB).

GUILLEM MARTINEZ PUJOL
DA EFE, EM PEQUIM

Da Folha Online