domingo, 29 de maio de 2011

Superficialidade, Comparações e Subterfúgios.

     
Você já parou para pensar que no Brasil tornou-se corriqueira a iniciativa de se buscar justificativas para a corrupção em outros atos de corrupção? Veja-se o caso do Palocci, enriquecimento ilícito (é o que se discute - e antes que me acusem de acusar sem provas, repito É O QUE SE DISCUTE), mas como vivemos numa democracia onde, como nos lembra José Saramago, Nobel de Literatura, o único direito que nos é assegurado é o de ir até as urnas, vemos que os acusados (neste e noutros tantos casos) fazem como crianças em suas brincadeiras mais ingênuas: - eu fiz, mas ele também fez!
Até quando teremos de conviver com tamanha ignorância? Quando nos veremos libertos do clientelismo, das artimanhas traiçoeiras de uma politicagem feroz que nos leva aos porões da podridão de uma casa de horrores que é a política neste país?
Tudo bem, não precisamos mais de alguns discursos de indignação, podemos até estar suficientemente esclarecidos frente aos desmandos, à incompetência e à sujeira que os "nobres" do legislativo e do executivo empreendem. Mas, o que não nos deve parecer natural é o sentimento de passividade, a acomodação ou, o que em alguns momentos se coloca como mais nocivo, que são os protestos que ridicularizam ainda mais a estrutura claudicante da política deste país: vide TIRIRICA.
Neste caso o que mais impressiona é o fato de que, mesmo munidos de tantas informações, continuamos a conduzir aos mandatos sequenciados os mesmos cidadãos que ilustram fichas das mais variadas categorias de sujeira já existentes. Temos um conselho de ética que se representar, verdadeiramente a ética, que se queimem os livros de Filosofia. Veja abaixo algumas informações sobre estes "nobres colegas":

 

Edison Lobão Filho, do PMDB do Maranhão, também chegou ao Senado sem um único voto, na vaga de suplente do pai, o ministro Edison Lobão, das Minas e Energia. Como empresário, é acusado de ser sócio oculto de uma distribuidora de bebidas que sonegou milhões de reais em impostos e de manter uma emissora clandestina de TV no interior do Maranhão - José Cruz/Agência Senado
                                              
O senador sem voto Gim Argello chegou ao Senado como suplente e assumiu a vaga de Joaquim Roriz, que renunciou para fugir à cassação. Como relator da mais poderosa comissão do Congresso, usou o Orçamento da União para mandar dinheiro público para a família. Depois de denunciado por VEJA, em novembro do ano passado, acabou renunciando ao cargo de relator -Moreira Mariz/Agência Senado
Sobre este Senador diz a revista ISTO É:
O Homem De R$ 1 Bilhão
Poucos entendem como o ex-corretor de imóveis e hoje senador Gim Argello conseguiu ampliar seu patrimônio em 10 mil vezes em pouco mais de 25 anos

Renan Calheiros é velho conhecido do Conselho de Ética. Enfrentou ali, em 2007, cinco representações que queriam sua cassação depois que VEJA denunciou que uma empreiteira pagava mesadas a uma jornalista que era sua amante. Acabou obrigado a renunciar à presidência do Senado para fugir dos processos - Waldemir Barreto/Agência Senado
E olha que estes são apenas três dos "nobres" conselheiros de ética do senado.

Texto: Professor Rafael Gama Moreira
Fotos e Informações Sobre os Senadores: Isto É, Veja.

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