quarta-feira, 31 de março de 2010

Computador Ecologicamente Correto?


Fabricante anuncia lançamento de netbook "verde" no Brasil

da Folha Online

A Sony anunciou a venda de um netbook dentro de padrões ambientalmente corretos no Brasil, nesta terça-feira (30).

Em nota, a companhia informa que o Vaio W Eco tem 80% das peças plásticas feitas com material reciclado, a partir de CDs e DVDs descartados. Essas mídias passam por um processo industrial, onde são trituradas e lavadas, para serem integradas ao material virgem.
Além disso, o produto possui manual de instruções eletrônico, o que resulta em uma redução de 70% no uso de papel.

Em vez da tradicional caixa de papelão, a embalagem do produto foi substituída por uma moderna bolsa de transporte, feita com tecido produzido a partir da reciclagem de garrafas PET.

A substituição da caixa de papelão, além de reduzir o uso de papel e plástico, otimiza o transporte do produto e consequentemente reduz a emissão de CO2 proveniente dos veículos que realizam as entregas dos equipamentos.

O produto está disponível na cor branca, tem tela de 10,1 polegadas, memória de 2 Gbytes e disco rígido de 320 Gbytes.

O sistema operacional disponível é o Windows 7 Starter Edition, tem Bluetooth e Wi-Fi integrados, com bateria de até 3,5 horas de duração. O modelo faz parte da série W, a primeira linha de netbooks da marca no Brasil. Pesa 1,19 kg.

O preço sugerido é R$ 2.099,00. O produto pode ser comprado em varejistas de eletrônicos no Brasil.

terça-feira, 30 de março de 2010

Indicação Literária


Este livro deve ser lido por todos aqueles que anseiam por respostas (mas, que vão sair com muitas outras interrogações) acerca do modus vivendi contemporâneo.

A HORA DA POESIA

Entre o ser e as coisas
1951 - CLARO ENIGMA


Entre o ser e as coisas

Onda e amor, onde amor, ando indagando
ao largo vento e à rocha imperativa,
e a tudo me arremesso, nesse quando
amanhece frescor de coisa viva.

Às almas, não, as almas vão pairando,
e, esquecendo a lição que já se esquiva,
tornam amor humor, e vago e brando
o que é de natureza corrosiva.

N´água e na pedra amor deixa gravados
seus hieróglifos e mensagens, suas
verdades mais secretas e mais nuas.

E nem os elementos encantados
sabem do amor que os punge e que é, pungindo,
uma fogueira a arder no dia findo.



Carlos Drummond de Andrade

domingo, 28 de março de 2010

Faixas que traduzem uma realidade.











Os movimentos sociais se fizeram presente na visita do presidente Lula ao sul da Bahia.

terça-feira, 23 de março de 2010

A Hora da Arte e da Reflexão


O Trabalhador de hoje e o trabalhador de ontem, sob a ótica de Tarsila do Amaral, o que mudou nas relações de trabalho e produção a partir da globalização?

domingo, 21 de março de 2010

Façamos um "Passeio Socrático"

PASSEIO SOCRÁTICO
Frei Betto

Outro dia, eu observava o movimento do aeroporto de São Paulo: a sala de espera cheia de executivos dependurados em telefones celulares; mostravam-se preocupados, ansiosos e, na lanchonete, comiam mais do que deviam. Com certeza, já haviam tomado café da manhã em casa, mas como a companhia aérea oferecia um outro café, muitos demonstravam um apetite voraz. Aquilo me fez refletir: Qual dos dois modelos produz felicidade? O dos monges ou o dos executivos?

Encontrei Daniela, 10 anos, no elevador, às nove da manhã, e perguntei: “Não foi à aula?” Ela respondeu: “Não; minha aula é à tarde”. Comemorei: “Que bom, então de manhã você pode brincar, dormir um pouco mais”. “Não”, ela retrucou, “tenho tanta coisa de manhã...” “Que tanta coisa?”, indaguei. “Aulas de inglês, balé, pintura, piscina”, e começou a elencar seu programa de garota robotizada. Fiquei pensando: “Que pena, a Daniela não disse: ‘Tenho aula de meditação!’”

A sociedade na qual vivemos constrói super-homens e supermulheres, totalmente equipados, mas muitos são emocionalmente infantilizados. Por isso as empresas consideram que, agora, mais importante que o QI (Quociente Intelectual), é a IE (Inteligência Emocional). Não adianta ser um superexecutivo se não se consegue se relacionar com as pessoas. Ora, como seria importante os currículos escolares incluírem aulas de meditação!

Uma próspera cidade do interior de São Paulo tinha, em 1960, seis livrarias e uma academia de ginástica; hoje, tem sessenta academias de ginástica e três livrarias! Não tenho nada contra malhar o corpo, mas me preocupo com a desproporção em relação à malhação do espírito. Acho ótimo, vamos todos morrer esbeltos: “Como estava o defunto?”. “Olha, uma maravilha, não tinha uma celulite!” Mas como fica a questão da subjetividade? Da espiritualidade? Da ociosidade amorosa?

Outrora, falava-se em realidade: análise da realidade, inserir-se na realidade, conhecer a realidade. Hoje, a palavra é virtualidade. Tudo é virtual. Pode-se fazer sexo virtual pela internet: não se pega aids, não há envolvimento emocional, controla-se no mouse. Trancado em seu quarto, em Brasília, um homem pode ter uma amiga íntima em Tóquio, sem nenhuma preocupação de conhecer o seu vizi­nho de prédio ou de quadra! Tudo é virtual, entramos na virtualidade de todos os valores, não há compromisso com o real! É muito grave esse processo de abstração da linguagem, de sentimentos: somos místicos virtuais, religiosos virtuais, cidadãos virtuais. Enquanto isso, a realidade vai por outro lado, pois somos também eticamente virtuais…

A cultura começa onde a natureza termina. Cultura é o refinamento do espírito. Televisão, no Brasil - com raras e honrosas exceções -, é um problema: a cada semana que passa, temos a sensação de que ficamos um pouco menos cultos. A palavra hoje é ‘entretenimento’; domingo, então, é o dia nacional da imbecilidade coletiva. Imbecil o apresentador, imbecil quem vai lá e se apresenta no palco, imbecil quem perde a tarde diante da tela. Como a publicidade não consegue vender felicidade, passa a ilusão de que felicidade é o resultado da soma de prazeres: “Se tomar este refrigerante, vestir este tênis,­ usar esta camisa, comprar este carro, você chega lá!” O problema é que, em geral, não se chega! Quem cede desenvolve de tal maneira o desejo, que acaba­ precisando de um analista. Ou de remédios. Quem resiste, aumenta a neurose.

Os psicanalistas tentam descobrir o que fazer com o desejo dos seus pacientes. Colocá-los onde? Eu, que não sou da área, posso me dar o direito de apresentar uma su­gestão. Acho que só há uma saída: virar o desejo para dentro. Porque, para fora, ele não tem aonde ir! O grande desafio é virar o desejo para dentro, gostar de si mesmo, começar a ver o quanto é bom ser livre de todo esse condicionamento globocolonizador, neoliberal, consumista. Assim, pode-se viver melhor. Aliás, para uma boa saúde mental três requisitos são indispensáveis: amizades, auto-estima, ausência de estresse.

Há uma lógica religiosa no consumismo pós-moderno. Se alguém vai à Europa e visita uma pequena cidade onde há uma catedral, deve procurar saber a história daquela cidade - a catedral é o sinal de que ela tem história. Na Idade Média, as cidades adquiriam status construindo uma catedral; hoje, no Brasil, constrói-se um shopping center. É curioso: a maioria dos shopping centers tem linhas arquitetônicas de catedrais estilizadas; neles não se pode ir de qualquer maneira, é preciso vestir roupa de missa de domingos. E ali dentro sente-se uma sensação paradisíaca: não há mendigos, crianças de rua, sujeira pelas calçadas...

Entra-se naqueles claustros ao som do gregoriano pós-moderno, aquela musiquinha de esperar dentista. Observam-se os vários nichos, todas aquelas capelas com os veneráveis objetos de consumo, acolitados por belas sacerdotisas. Quem pode comprar à vista, sente-se no reino dos céus. Se deve passar cheque pré-datado, pagar a crédito, entrar no cheque especial, sente-se no purgatório. Mas se não pode comprar, certamente vai se sentir no inferno... Felizmente, terminam todos na eucaristia pós-moderna, irmanados na mesma mesa, com o mesmo suco e o mesmo hambúrguer de uma cadeia transnacional de sanduíches saturados de gordura…

Costumo advertir os balconistas que me cercam à porta das lojas: “Estou apenas fazendo um passeio socrático.” Diante de seus olhares espantados, explico: “Sócrates, filósofo grego, que morreu no ano 399 antes de Cristo, também gostava de descansar a cabeça percorrendo o centro comercial de Atenas. Quando vendedores como vocês o assediavam, ele respondia: “Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz.”



Frei Betto é escritor, autor do romance “Um homem chamado Jesus” (Rocco), entre outros livros.

sábado, 20 de março de 2010

MAFALDA!!!!!!!!!!!!!!!!!!


Deixe a felicidade entrar!

Atenção Terceirão Coopedi

Por problemas técnicos na configuração da página que iria exibir o questionário, vocês ficam liberados da atividade marcada pra hoje. Faremos na terça.


Bom descanso.


Professor Rafael

quinta-feira, 18 de março de 2010

VENCEDORES

Segue Abaixo a Relação dos Três Primeiros Colocados:

Primeiro Lugar: Ritielle Borges

Segundo Lugar: Marcelo Menezes Lopes

Terceiro Lugar: Mariana Costa / Maurício Matos / Maycon Cardoso


Maiores informações pelo e-mail: gama.moreira@hotmail.com

Parabéns à todos!!!!!!!!!!!!

Sucesso

Gabarito Atividade Terceirão Coopedi

Gabarito

11 - 02
12 - 01
13 - 04
14 - Nula
15 - 01
16 - 05
17 - 02
18 - 03
19 - 02
20 - 05
21 - 01
22 - 05
23 - 02
24 - 03
25 - 04
26 - 05
27 - 01
28 - 02
29 - 03
30 - 03

Sorte à Todos!

A Hora da Poesia

Esta sequência de postagens tem por objetivo contribuir para que a juventude resgate o prazer pela poesia, pela litaratura como um todo, partindo de leituras suaves e prazerosas


A hora do cansaço
1984 - CORPO


As coisas que amamos,
as pessoas que amamos
são eternas até certo ponto.
Duram o infinito variável
no limite de nosso poder
de respirar a eternidade.

Pensá-las é pensar que não acabam nunca,
dar-lhes moldura de granito.
De outra matéria se tornam, absoluta,
numa outra (maior) realidade.

Começam a esmaecer quando nos cansamos,
e todos nós cansamos, por um outro itinerário,
de aspirar a resina do eterno.
Já não pretendemos que sejam imperecíveis.
Restituímos cada ser e coisa à condição precária,
rebaixamos o amor ao estado de utilidade.

Do sonho de eterno fica esse gosto ocre
na boca ou na mente, sei lá, talvez no ar.

Carlos Drummond de Andrade

Aquecimento Global III - Energia Nuclear

Continuação...



Aquecimento Global II - Fontes Alternativas de Energia

Ainda sobre a discussão acerca do aquecimento global e da busca por fontes alternativas de energia vejamos a parte II do vídeo do globo ecologia.



Aquecimento Global Parte I

Por sugestão do Kennedy Santana Nunes

Postarei a série do Globo Ecologia que trata do aquecimento global.


quarta-feira, 17 de março de 2010

Peripécias da Mafalda II


Taí a Mafalda se deparando com a invasão cultural, que modifica hábitos, usos e costumes.

terça-feira, 16 de março de 2010


Um quadro especial retirado da internet, evidencia um pouco do caráter dinâmico que tem feito parte da paisagem e da economia do nordeste brasileiro nos últimos anos.
Entretanto, infelizmente esta dinamicidade não está presente em todos os aspectos da vida no nordeste, pois apesar de ser esta a região que mais cresce no país, não podemos estar tranquilos frente aos problemas sociais que ainda nos afligem.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Projeto COOPEDI CONVIDA

PARABÉNS
Saudamos á todos que fizeram parte da primeira etapa do projeto"COOPEDI CONVIDA".
Os nossos sinceros agradecimentos ao professor MARIVA pela disponibilidade e pelo auxílio constante, e, em especial aos alunos do CPM e COOPEDI que juntos brilharam neste momento tão significativo para nós.
Abaixo algumas imagens deste dia tão importante.












domingo, 14 de março de 2010

Peripécias de Mafalda

Algumas das mais interessantes reflexões acerca da vida no mundo contemporâneo aparecem de modo lúdico nas tirinhas da menina MAFALDA, algumas delas serão aqui reproduzidas, e os todos os créditos devem ser destinados ao seu criador o artista argentino Quino.


quarta-feira, 10 de março de 2010

Mário Sérgio Cortella - Jogo de Idéias

Reflexões e provocações cada vez mais atuais.


FREI BETTO - Programa Jogo de Idéias

Muito bom esse programa denominado "Jogo de Idéias" da TV do Itaú Cultural. Olha só como podemos visualizar o que nos diz Milton Santos acerca de que nunca antes, na história da humanidade, houve a possibilidade de que as camadas oprimidas da sociedade se apropriassem dos instrumentos que são utilizados para opressão como meios para a emancipação.

No vídeo ora apresentado Frei Betto inicia um debate acerca do poder, do papel da juventude, dos intelectuais, da literatura. Além disto apresenta o seu livro "A Mosca Azul" Vale a pena conferir.




Geografia: "a gramática do mundo"

Trecho de entrevista com Demétrio Magnoli para o Jogo de Idéias, programa de TV do Itaú Cultural.




As Mulheres Mais Uma Vez no Topo!

No Brasil, mulheres passam mais tempo na escola do que os homens.

Agência Brasil - 08/03/2010 - 08h54

Se na maioria das áreas a desigualdade entre mulheres e homens permanecem, na educação o cenário é diferente. A trajetória escolar das meninas brasileiras tende a ser mais regular e bem-sucedida do que a dos meninos.

Em alguns países, especialmente na África e no mundo árabe, as condições de acesso ao ensino e permanência na escola são desfavoráveis para as mulheres. Por essa razão, a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) estabeleceu metas de promoção de paridade entre gêneros para alguns países durante a Conferência Mundial de Educação, em 2000. A situação é monitorada pelo órgão.

O especialista em educação e oficial de projetos da Unesco no Brasil Wagner Santana analisa que no país as trajetórias escolares diferentes para homens e mulheres têm relação com o mundo do trabalho.

"Faltam estudos conclusivos a respeito disso, mas com muita frequência fala-se que os meninos, especialmente no final do ensino fundamental e no ensino médio, já passam a sentir uma pressão maior para entrar no mercado de trabalho", aponta. Muitos também são afetados pela violência que, nessa faixa etária, atinge mais a população masculina.

Santana destaca alguns dados da última Pnad/IBGE (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que ilustram a situação do Brasil: no grupo dos 15 aos 17 anos, 57% das meninas estão no ensino médio, etapa correta para essa faixa etária. Entre os meninos, o atraso é maior: só 47% cursam a série indicada para a sua idade.

Em relação aos índices de escolaridade, na faixa etária dos 15 aos 19 anos, 41% dos homens têm menos de oito anos de estudo. Já entre as mulheres, essa situação atinge 29% da população nessa faixa etária.

"A entrada dos dois na escola é muito parecida, mas a trajetória escolar dos meninos é mais tumultuada e interrompida", compara Santana. Segundo ele, essa situação é comum nos países da América Latina.

A pesquisadora do Centro Feminista de Estudos e Assessoria Patrícia Rangel ressalta que essa vantagem na escolarização não se reflete em ganhos no mercado de trabalho. Segundo ela, o índice de desemprego entre mulheres com nível universitário é 30% maior do que entre os homens com a mesma escolaridade.

Elas ainda ocupam menos cargos de chefia e continuam ganhando menos do que os homens por questões culturais e de estruturação do mundo do trabalho, de acordo com a especialista. "Em primeiro lugar, o Brasil tem uma cultura patriarcal que não considera normal que a mulher assuma funções de liderança", afirma.

"Além disso, há uma divisão sexual do trabalho. Algumas tarefas são delegadas ao homens e outras à mulher. Elas sempre ficam encarregadas das atividades do lar e do cuidado com os filhos. Com isso, elas têm menos tempo para se dedicar e crescer na carreira", explica.

De acordo com a especialista, creches e escolas infantis são importantes para reverter essa situação e a oferta precisa ser ampliada. Com o acolhimento das crianças nesse locais, a mulher teria mais tempo e energia para investir na carreira, reduzindo os efeitos da dupla jornada.

"Além disso, homens e mulheres precisam compartilhar solidariamente as tarefas domésticas e de cuidado com a família. A Convenção 156 da OIT [Organização Internacional do Trabalho] trata sobre isso, mas o Brasil ainda não ratificou essa convenção", diz.


Extraído do Jornal Eletrônico Folha Online em 10/03/2010 ás 09:45.

Mais do Pensamento de Ana Fani

As redes sociais, novas tendências/instrumentos e participação popular no processo de modernização do espaço urbano.



Cidade: espaço e tempo

A Geógrafa Ana Fani Alessandri Carlos apresenta noções introdutórias para um debate acerca da modernidade nos espaços urbanos.




SANTIAGO (Agência Reuters) Ter, 09 Mar, 06h05

O terremoto que sacudiu o Chile em fevereiro redesenhou os mapas da região, causando um deslocamento de até 4 metros nas zonas próximas ao epicentro, disseram cientistas chilenos nesta terça-feira.


O diretor científico do Serviço Sismológico da Universidade do Chile, Sergio Barrientos, disse à Reuters que a correção do movimento causado pela superposição das placas tectônicas pode levar mais de um século.


"Este foi um grande terremoto, que tem muito deslocamento e envolve muita extensão. Há deslocamentos de até 4 metros perto de Constitución", acrescentou ele, referindo-se à cidade que fica 360 quilômetros ao sul de Santiago e foi uma das mais devastadas pelo terremoto e pelos tsunamis subsequentes.


O tremor de magnitude 8,8 na madrugada de 27 de fevereiro foi o quinto mais violento da história moderna, deixando pelo menos 497 mortos e um rastro de destruição ainda não avaliado por completo.


Os resultados dos estudos com base em medições de GPS feitas em conjunto com especialistas da Universidade Estadual de Ohio (EUA) estarão prontos dentro de um mês. Mas dados preliminares indicam que a cidade de Concepción, segunda maior do país, e também bastante afetada, se deslocou três metros para sudeste. Santiago, a capital, "andou" meio metro.


"Deslocamentos significativos são evidentes em lugares tão a leste como Buenos Aires (de 2 a 4 centímetros) e tão ao norte como a fronteira (do Chile) com o Peru", disse nota da Universidade Estadual de Ohio.


Buenos Aires fica mais de 1.100 quilômetros a leste de Santiago, do outro lado da cordilheira dos Andes.


A energia liberada pelo sismo foi tão grande que, segundo a Nasa, deslocou em cerca de 7,6 centímetros o eixo de rotação da Terra.


O Chile, um dos países mais sísmicos do mundo, está situado diante da linha de contato entre as placas tectônicas de Nazca, no Pacífico, e da América do Sul.


Quando ocorre um terremoto como o de fevereiro, a placa de Nazca escorrega para debaixo da placa continental. Esse fenômeno, que os cientistas chamam de "subducção", provoca o deslocamento para o leste. "O processo inverso demoraria cem anos ou até mais", disse o sismólogo Barrientos.


(Reportagem de Esteban Israel)

Reportagem extraída do Yahoo Notícias em 10/03/10 ás 09:00.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Um pouco de arte: muita reflexão.




A atualidade da arte de Portinari nos remete as reflexões acerca do estado de exclusão a que foram submetidos os pobres (retirantes) de outrora e àquelas as quais estão expostas os de hoje que a cada dia (ver os encaminhamentos dados pela homogenização da sociedade globalizada) mergulham ainda mais no fosso da pobreza.
Um bom ponto de partida para a reflexão do nosso início de semana.
Professor Rafael

sábado, 6 de março de 2010

Artigo - Gilberto Dimenstein

Candidatos, não enganem os jovens
22/02/2010 Folha Online
Dilma Rousseff comprometeu-se a transformar a juventude em eixo de sua campanha --o que considero um interessante avanço nas campanhas eleitorais. A juventude é nossa maior bomba social. Vale a pena prestar atenção nos sonhos dos jovens, captados pela Datafolha (www.dimenstein.com.br).
O jovem tem, basicamente, três sonhos: 1) emprego, 2) habitação e 3) estudo.
Isso significa que, para não enganar os jovens, os candidatos precisam dizer que a juventude é uma tarefa que envolve diferentes níveis de governo e começa desde o berço.
Afinal, quando chega à adolescência, o indivíduo já está marcado pela inviabilidade. Muitos nem sabem ler e escrever direito.
Investir, de fato, na juventude significa educação em tempo integral, fazendo da escola um polo articulador de ações de cultura e saúde. Significa emergencialmente melhorar a qualidade do ensino médio, hoje uma catástrofe e ligado cada vez mais a cursos profissionais.
O resto não passa de enganação. Ou de obra de marqueteiro.

O Perfil do Jovem e as Eleições

Perfil do jovem consumidor brasileiro


A classe média está se tornando cada vez mais consumidora no Brasil. É o que aponta pesquisa feita “Data Popular”. As análises apontam que os jovens de classes C/ D/E serão, já em 2010, uma parcela importante no consumo de produtos.

Para manter a força nas compras, os jovens procuram se estruturar no campo educacional. Enquanto em 2002, 11% dos analisados estavam cursando um ensino superior, o número aumentou em 2009, para 19%.

Mais do que uma preocupação com o grau de escolaridade, estes mesmos jovens estão atentos ao que acontece no mundo da moda e da cosmética. Boa parte dos perfilados consome produtos originais, como por exemplo, tênis. Muitos deles, aliás, estão comprando, pela primeira vez, carro e computador.

De olho neste mercado consumidor, empresas como Nestlé, Casas Bahia e Coca-Cola já preparam ações estratégias para atrair o público.


Folha de São Paulo 02/03/10


O texto extraído do site do jornal Folha de São Paulo, nos mostra a relevância econômica de uma parcela da juventude brasileira que até tempos recentes não era vista sequer como: grupo de risco, excluídos, marginalizados. Entretanto, a nossa reflexão deve ser encaminhada para a relação direta que deve existir entre ascensão econômica e a garantia dos direitos sociais.
Vejamos o que os candidatos tem a dizer sobre o tema, a partir de então formemos a nossa opinião.

De olho nas eleições

Caros Visitantes

Iniciamos agora uma série de publicações que denominamos de "De Olho nas Eleições". Esta série será composta de artigos, vídeos e demais canais de comunicação que retratem de uma maneira criativa, crítica e contextualizada os temas abordadas pelos principais candidatos aos cargos eletivos na esfera estadual e nacional.
Estamos de olho nas eleições, pois estamos de olho no futuro.

Saudações Cooperativistas


Professor Rafael

segunda-feira, 1 de março de 2010

Estamos com fome de amor.

Para quem gosta de ler com música.



Estamos com fome de amor.

Arnaldo Jabor e mais uma dentro
Estamos com fome de amor...

(JORNAL O DIA! Arnaldo Jabor)

O que temos visto por ai ???
Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes.
Com suas danças e poses em closes ginecológicos, cada vez mais siliconadas, corpos esculpidos por cirurgias plásticas, como se fossem ao supermercado e pedissem o corte como se quer... mas???
Chegam sozinhas e saem sozinhas...
Empresários, advogados, engenheiros, analistas, e outros mais que estudaram, estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos...
Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dancer", incrível.
E não é só sexo não!
Se fosse, era resolvido fácil, alguém dúvida?
Sexo se encontra nos classificados, nas esquinas, em qualquer lugar, mas apenas sexo!
Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho, sem necessariamente, ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico na cama ... sexo de academia . . .
Fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçadinhos,
sem se preocuparem com as posições cabalísticas...
Sabe essas coisas simples, que perdemos nessa marcha de uma evolução cega.
Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção...
Tornamo-nos máquinas, e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós...
Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada nos sites de relacionamentos "ORKUT", "PAR-PERFEITO" e tantos outros, veja o número de comunidades como: "Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra viver sozinho!"
Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários, em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis, se olharmos as fotos de antigamente, pode ter certeza de que não são as mesmas pessoas, mulheres lindas se plastificando, se mutilando em nome da tal "beleza"...
Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento, e percebemos a cada dia mulheres e homens com cara de bonecas, sem rugas, sorriso preso e cada vez mais sozinhos...
Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário...
Pra chegar a escrever essas bobagens?? (mais que verdadeiras) é preciso ter a coragem de encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa...
Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia isso é julgado como feio, démodé, brega, famílias preconceituosas...
Alô gente!!! Felicidade, amor, todas essas emoções fazem-nos parecer ridículos, abobalhados...
Mas e daí? Seja ridículo, mas seja feliz e não seja frustrado...
"Pague mico", saia gritando e falando o que sente, demonstre amor...
Você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais...
Quem disse que ser adulto é ser ranzinza ?
Um ditado tibetano diz: "Se um problema é grande demais, não pense nele... E, se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele?"
Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo, assistir desenho animado, rir de bobagens e ou ser um profissional de sucesso, que adora rir de si mesmo por ser estabanado...
O que realmente, não dá é para continuarmos achando que viver é out... ou in...
Que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo, que temos que querer a nossa mulher 24 horas, maquiada, e que ela tenha que ter o corpo das frutas tão em moda, na TV, e também na playboy e nos banheiros, eu duvido que nós homens queiramos uma mulher assim para viver ao nosso lado, para ser a mãe dos nossos filhos, gostamos sim de olhar, e imaginar a gostosa, mas é só isso, as mulheres inteligentes entendem e compreendem isso.
Queira do seu lado a mulher inteligente: "Vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois, ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida"...
Porque ter medo de dizer isso, porque ter medo de dizer: "amo você", "fica comigo", então não se importe com a opinião dos outros, seja feliz!
Antes ser idiota para as pessoas que infeliz para si mesmo!

O luxo rompe as fronteiras

Conheça a mastige, a tendência que une a extrema sofisticação com a produção em massa

Por Roberta Locatello | 26.08.2005


Revista EXAME -


Na nova loja da Daslu, templo do luxo erguido em São Paulo, grifes tradicionais como Louis Vuitton, Prada, Gucci e Armani convivem com típicas representantes do consumo da classe média, como Gap, Banana Republic, Iódice, Forum, Triton e Richards. Pode-se também encontrar um caríssimo tailleur Chanel, a mais prestigiada das marcas de alta-costura, exposto praticamente ao lado de cadeirinhas de palha para decoração, vendidas a 45 reais, e de camisetas cujo preço não passa de 100 reais. A Daslu reproduz um fenômeno que vem ocorrendo em todo o mundo -- a diluição gradativa dos limites entre a sofisticação extrema e o consumo de massa. É o que vem sendo chamado de mastige, um neologismo surgido da união do prefixo mass com o sufixo prestige, e que poderia ser traduzido como prestígio para as massas. Em meio a esse movimento, tradicionais e seculares grifes se "democratizam", produzindo itens acessíveis ao bolso de camadas da classe média. Marcas de consumo de massas, por sua vez, tentam fazer incursões pelo rentável mercado do luxo. É a síntese de dois mundos do consumo.

As montadoras são adeptas de primeira hora do mastige. O A3 e o A4, por exemplo, levaram a montadora alemã Audi à classe média. As séries 1 e 3 fizeram o mesmo pela BMW. São produtos talhados especialmente para aqueles que desejavam mas não podiam consumir tais marcas. O mastige abre o leque de consumo e permite que mais gente desfrute da experiência da marca. Gera conhecimento e desejo, numa corrente que, no final, resulta em mais vendas. Isso sem que os lucros fiquem comprometidos. Produtos mastige custam até três vezes mais do que similares que não levam a assinatura de uma grife de luxo. Pesquisa da consultoria Boston Consulting Group mostra que esse novo consumidor do luxo é um comprador eventual, disposto a pagar mais do que seria recomendável por produtos que lhe garantam altas doses de conforto, segurança ou emoção. É graças a esses novos consumidores que empresas como Louis Vuitton, Christian Dior e Dolce & Gabbana, entre outras, vêm acumulando dígitos duplos de crescimento a cada ano. A rede americana Starbucks, com seus cafés especiais, aumentou as vendas em 30% no ano passado.

Ao mesmo tempo, fabricantes de alguns produtos vistos há décadas como populares tentam conquistar o coração e o bolso dos consumidores de alto poder aquisitivo. Foi com essa estratégia que as sandálias Havaianas, da Alpargatas, conquistaram a classe média alta no Brasil, os clientes da Bloomingdale's nova-iorquina e até dos clubes de lojas reservadas no Japão, onde os modelos oferecidos são cravejados de cristais Swarovski e custam até 236 dólares. No Brasil, o exemplo mais recente desse movimento é a coleção de roupas assinada pelo estilista Walter Rodrigues, um ícone da alta-costura nacional, lançada em maio passado pela rede de varejo C&A. Rodrigues desenhou 40 modelos para a C&A, num total de 150 000 peças. "É mais do que produzi em 13 anos de carreira", afirma ele. A idéia foi um sucesso e fez com que a rede repetisse a dose: em junho, lançou a coleção das estilistas Paula Raia e Fernanda de Goeye, da butique paulista Raia de Goeye. Da mesma forma, a rede de varejo H&M, presente em 20 países, lançou uma coleção assinada pela alma criativa da Chanel, o estilista Karl Lagerfeld. Outra, com 35 itens, foi encomendada à estilista Stella McCartney. Em ambos os casos, foi adotada a estratégia batizada de massclusivity, ou exclusividade massificada, se é que isso é possível. O objetivo é chamar a atenção da clientela com um número limitado de peças com assinaturas glamourosas, vendidas por um prazo determinado a preços razoáveis. O efeito tem sido a formação de filas de consumidores, enlouquecidos com a possibilidade de levar para casa algo especial.

A fórmula que mistura glamour e preços acessíveis está na origem do sucesso da rede de varejo espanhola Zara, presente em mais de 700 países, entre eles o Brasil. Seu fundador e presidente, o espanhol Armando Ortega Gaona, percebeu que ao oferecer as duas coisas ao mesmo tempo estaria preenchendo uma necessidade emocional de determinada categoria de clientes. "Chamamos tudo isso de democratização do luxo", diz Michael Silverstein, sócio-diretor da Boston Consulting Group e um estudioso do tema. "O mercado está se bifurcando. Haverá vencedores entre os produtos no topo e na base da pirâmide e morte aos que ficarem no meio." Segundo ele, o consumidor de classe média é inteligente e individualista. Compra como se estivesse com uma calculadora na mão, procurando preços baixos naqui lo que não percebe valor e pagando caro por produtos que lhe garantem satisfação. Age também como verdadeiro apóstolo das marcas. "São eles que valorizam a história da marca, romanceiam sua tradição e patrimônio e colam a elas virtudes emocionais e mesmo espirituais", afirma o consultor. "Compõem o paraíso dos profissionais de marketing." Com consumidores eventuais e produtos diferenciados, o mercado só faz crescer. Pesquisa do Boston Consulting Group com 15 empresas americanas que adotaram o mastige mostra que a margem de crescimento anual de vendas atingiu 18%, bem acima da média de 5%.

Essa tendência favoreceu a proliferação das marcas de luxo em segmentos variados. A Montblanc, por exemplo, saiu das canetas para pastas e bolsas de couro, relógios, abotoaduras e acessórios para escritório. A área de hotéis atraiu nomes do mundo da moda. A Diesel abriu o seu em Miami, com diárias a partir de 135 dólares. "São empresas que podem crescer e lançar seus tentáculos horizontalmente apenas pela força de suas marcas", diz o consultor Carlos Ferreirinha, da MCF Fashion. Segundo ele, o fenômeno do mastige, ao mesmo tempo que abre oportunidades, coloca um desafio adicional às empresas de alto luxo. "Como a base olha para cima e tenta imitá-la e o topo quer a maior distância possível, as grifes de luxo tiveram de aumentar suas ofertas de produtos caríssimos", diz Ferreirinha. Assim, com agilidade cada vez maior, as empresas lançam produtos de preços estratosféricos, como a Ferrari Super América, de 2 milhões de dólares, ou o colar de diamantes de 1 milhão de dólares produzido pela H.Stern e usado pela atriz Angelina Jolie na última festa do Oscar.

Tudo isso se tornou possível porque os ícones do luxo reinventaram seu modelo de negócios. As antigas empresas familiares e maisons com produção artesanal passaram a ser conglomerados mundiais. Também conseguiram apropriar-se de técnicas do consumo de massa, como a publicidade e os grandes investimentos em lançamentos, ao mesmo tempo que mantiveram a sensação de exclusividade e a produção de itens artesanais de alta qualidade. Souberam esparramar produtos por todo o planeta, mas continuaram fazendo com que seus compradores se sentissem únicos. Exploraram o que o filósofo francês Gilles Lipovetsky, que esteve recentemente no Brasil, definiu como sendo uma necessidade do mundo atual: o luxo fascina porque preenche uma busca pela sensação de longevidade numa sociedade em que tudo é descartável e passageiro.